<font color=0094E0>Lembrar o passado, afirmar a alternativa</font>

No programa do Avanteatro, incluem-se este ano duas peças que assinalam outros tantos momentos importantes na luta do povo português contra o fascismo, mas que «conservam grande actualidade num contexto em que se tentam cercear liberdades, se assiste a tentativas de branqueamento do fascismo e de todas as suas malfeitorias, em que se verifica um apagamento da cultura e de todos aqueles que têm uma acção consequente em defesa dos interesses dos trabalhadores e das populações», destaca Pedro Lago.
«À época, tal como hoje, foi necessário dar uma pedrada no charco e dizer ao povo português que era possível romper com o rumo do País e construir uma alternativa política», frisa o membro da Direcção da Festa.
E foi precisamente isso que fez o Teatro Moderno de Lisboa com O Tinteiro, «texto fortíssimo» que estreou em Portugal em 1961, no Cinema Império, e, «lutando contra tudo e contra todos», não só levou «o teatro às massas dando-lhes a conhecer um tipo de dramaturgia geralmente arredada dos palcos portugueses», como permitiu «mostrar aos actores, encenadores e demais profissionais do teatro que podiam vencer o medo, e assim, do Teatro Moderno de Lisboa, germinaram companhias e grupos com peso e criação artística muito significativa», considera Manuel Mendonça. Sobre os 47 anos do Teatro Moderno de Lisboa, estará patente no Avanteatro uma exposição.
Igualmente comemorativa de uma data de registo na história de Portugal, sob à cena Obviamente demito-o!, peça que, diz Pedro Lago, «reforça e se entrecruza com a componente política mais geral da nossa Festa, já que no Pavilhão Central vamos ter uma exposição dedicada à campanha de Arlindo Vicente e Humberto Delgado por ocasião dos 50 anos da campanha para as “eleições” de 1958».


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